"As imagens do espetáculo teatral "Santa Luzia, Virgem e Mártir" encenado durante a programação da festa de Santa Luzia 2007" (fotos: Arquivo do Sistema JMA).
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Filemon Rodrigues de camisa preta acompanha o espetáculo do meio da multidão.

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Em cada cena, uma emoção do público que lutou as dependencias da praça Vigário Antonio Joaquim, em Mossoró Ano 2007.

Monsenhor Americo Simonetti, ouvido pelo repórter Carlos Cavalcanti, fala sobre o espetáculo "Santa Luzia , Virgem e Mártir".

CARTA DO MONSENHOR AMÉRICO A FILEMON RODRIGUES

O Monsenhor Américo Simonetti, falecido no dia 5 de outubro último, escreveu com data de 07 de janeiro de 1986, a seguinte correspondência sobre o espetáculo teatral “Santa Luzia, Virgem e Mártir” escrito por Filemon Rodrigues e José Maria Alves e encaminhou ao primeiro, que publicou-a em seu livro “Teatro, Ternura, Conto e Poesias”:

“À Filemon Rodrigues
Mossoró –RN.

Prezado amigo:

Tenho em mãos a peça de teatro “SANTA LUZIA, VIRGEM E MÁRTIR”, cujo texto foi criado por você e por José Maria Alves.

Não apenas conhecia o texto mas tive a oportunidade de assistir à encenação da peça teatral em epígrafe. Durante 2 anos seguidos, 1981 e 1982, este trabalho, que vocês prepararam com tanto carinho, atraiu a atenção da multidão que nos festejos de Santa Luzia enche a praça Vigário Antonio Joaquim em Mossoró.

O texto é inteligente. A montagem teatral é de bom visual, atendendo às exigências de apresentação para grande público ao ar livre.

De parabéns os autores e executores deste trabalho, que, acredito, voltará a ser apresentado, tendo em vista que ele comunica bem.
Com um abraço,
Mons. Américo Vespúcio Simonetti.”

NOTA DO EDITOR:

Publicamos essa correspondência do Monsenhor Américo Simonetti, enviada ao escritor e teatrólogo Filemon Rodrigues, primeiro, numa homenagem ao grande sacerdote recentemente falecido e também num reconhecimento pelo que representa a pessoa de Filemon Rodrigues para a história do teatro mossoroense.

O espetáculo que conta a vida da Virgem de Siracusa, após ser encenado por dois anos consecutivos – 1981 e 1982 – voltou a ser apresentado em 2007, com o título de "Oratório de Santa Luzia", dirigido naquela oportunidade pela competência e dinamismo do professor Felipe Caetano de Oliveira.

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COMO FOI ESCRITO O TEXTO DO ESPETÁCULO TEATRAL “Santa Luzia, Virgem e Mártir”?. Com a palavra, um dos seus autores, o jornalista e advogado Jose Maria Alves:

“O espetáculo Santa Luzia Virgem e Mártir,, contando com a participação de Filemon Rodrigues, na elaboração do texto, surgiu de um estudo que realizamos sobre a vida de alguns santos e procurando transformar os feitos da Virgem de Siracusa em algo que pudesse passar ao palco, à encenação.

Confesso sinceramente que não foi fácil escrever ‘Santa Luzia, Virgem e Mártir”. Dezenas de livros sobre a vida de alguns santos da Igreja Católica, foram consultados e até algumas autoridades religiosas foram consultadas sobre o que achavam da idéia de levar ao palco a vida da padroeira de Mossoró.

Até algumas dezenas de noites foram consumidas, e em várias oportunidades, até as madrugadas eram usadas. Quando não estava na casa de Filemon Rodrigues, discutindo com ele quais seriam as próximas cenas, os próximos diálogos a serem escritos, era ele quem vinha ao meu encontro para trocarmos idéias sobre o texto “Santa Luzia, Virgem e Mártir” e consequentemente novos diálogos serem confeccionados.

Depois de pronto o texto, chegou a oportunidade para se verificar alguns retoques, adaptar alguns diálogos, trocar alguns termos que não se adaptavam bem ou até mesmo retirar alguma frase e colocar outra que melhor concordasse com toda a história.

Fomos mais distantes, procurando imaginar como eram as cidades de Siracusa e Catânia, cenários onde se desenvolve a maioria das cenas da peça “Santa Luzia, Virgem e Mártir”. Procuramos conhecer as características de uma época e de um povo. Enfim, tudo foi pesquisado, observado, estudado, para que nos aproximássemos o máximo possível da verdadeira história vivida por Santa Luzia, a padroeira hoje de Mossoró e da Diocese.

Posteriormente, chegou a vez de escolhermos o elenco, as vestimentas dos personagens e por último, os ensaios e as apresentações. Os ensaios, com um elenco de quase cinqüenta pessoas entre figurantes e personagens principais, davam muitas dores de cabeça. Havia até a nossa própria orientação, com poucas noções de direção teatral.

A direção geral era de Filemon Rodrigues e os ensaios aconteciam sempre aos sábados e domingos e tomavam as manhãs, tardes e até a noite. Finalmente, o espetáculo foi apresentado durante dois anos consecutivos com grande sucesso dentro dos festejos em honra a Santa Luzia, tendo como palcos (eram três) a própria praça vigário Antonio Joaquim. Um sucesso”.

* Texto transcrito do livro “Teatro, Ternura, Conto e Poesias” de autoria do escritor Filemon Rodrigues Pimenta

O B S E R V A Ç Ã O

O ESPETÁCULO TEATRAL "SANTA LUZIA VIRGEM E MÁRTIR", texto de Filemon Rodrigues e José Maria Alves, foi o embrião para que pudéssemos hoje acompanhar o Oratorio de Santa Luzia, graças a iniciativa e a grande colaboração do mestre Américo Vespúcio Simonetti.

O espetáculo Santa Luzia Virgem e Mártir, que foi apresentado nos anos de 1981 e 1982 na praça vigário Antonio Joaquim e em várias paróquias e capelas da cidade de Mossoró, possuia o seguinte elenco inicial :

Governador Pascássio : Carlenírio Carlos
Pretendente de Luzia : Jacinto Moreno
Amigo do Pretendente : Filemon Rodrigues
Santa Luzia : Albênia Medeiros
Eutíquia -mãe de Luzia : Cida Souza
Velho : José Bino
Cego : Nilton Joema
Garota : Andréia Medeiros
Mensageiro (assistente do governador): Edson Barbosa

Soldados : Nonato Santos, Suel de Castro, Rogério Marcelino, Edmilson Lemos, Marcos de Castro, Jorge Alves,João Pereira Moreno, Francisco de Assis.

Viúvas : Girleide Barbosa, Gilvaneide Barbosa, Ivaneide de Souza, Francizená Morais e Sônia Souza.

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F I C H A T É C N I C A

APRESENTAÇÃO: Grupo de Teatro Tártarus Produções
GRAVAÇÕES : Estúdios da Rádio Rural de Mossoró
DIREÇÃO : Vicente Pereira Neto
ILUMINAÇÃO : José Maria Alves
SONOPLASTIA : João Pereira Neto
GUARDA-ROUPA: O grupo

CENÁRIOS E SUPERVISÃO: Filemon Rodrigues.